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Mãe, amiga, mulher.... sou aquela que busca as respostas para muitas perguntas, aquela que tenta viver um dia após o outro como se fosse o último, aquela que ainda acredita num amor de verdade...

terça-feira, 22 de junho de 2010

A vida na cidade!!!

Meu pai já possuía uma casa e um terreno na cidade, minha felicidade era enorme porque eu poderia compartilhar momentos ao lado das minhas irmãs, e nos víamos todos os dias, uma vez que eu continuava morando com minha avó. E a vida seguia seu curso!
Quando eu já estava com 11 anos, conheci um rapaz, o qual gostei logo de cara, e começamos a namorar. Era um namoro inocente, escondido dos pais, afinal eu era muito nova... mas, depois de 5 meses, minha avó descobriu tudo e contou a meu pai. Foram conversar com o moço e resolveram que aquilo se encerrava ali. Mas pra mim ainda continuou por mais um mês, até que eu decidi terminar por conta própria!
Com 12 anos, estava mais ávida, descobri o tal do "ficar", e gostei, mas fui longe demais. Não queria mais ficar em casa, cuidando de minha avó. A minha vontade era a de ficar no meio das pessoas, do agito, conhecer melhor o mundo, as opiniões, etc. Saía, deixando minha avó sozinha em casa, e só voltava tarde da noite. Então meu pai resolveu me levar pra casa dele, e colocou minha irmã Juliana, pra morar com minha vózinha. No dia de minha partida, chorei abruptamente, desconsolada, afinal, eu não queria sair de perto do mundo que eu estava conhecendo, e nem me afastar de minha avó. Mas, obedeci a ordem de meu pai. Arrumei minhas roupas e fui pra casa dele.
No começo, me sentia uma estranha. Não ficava a vontade nem para abrir a geladeira e tomar uma água.Fiquei um bom tempo ali com eles. Quando batia a saudade da minha querida avó, eu aproveitava os momentos em que meu pai pedia para ir buscar alguma coisa na mercearia, ou na casa de alguém, e fugia para a casa dela. Chegava lá, pedia-lhe a benção, e dava meia volta pra casa de novo. Isso aconteceu várias vezes.
Mas o destino foi bom conosco. Meu pai foi fazer um curso na cidade vizinha, que duraria um mês. Nessa mesma época, minha avó adoeceu e foi parar no hospital. Minha irmã não quis cuidar dela, e eu fui, como sempre fazia quando isso acontecia. No dia em que ela recebeu alta, decidimos em comum acordo que eu voltaria para a casa dela e viveríamos como antes. E foi o que aconteceu. Permaneceu desse jeito até a manhã de junho de 1997. Ela se levantou como de costumo, e foi fazer o chimarrão. Quando voltou ao quarto, me chamou para levantar, e eu disse que só iria levantar-me mais tarde. No retorno à cozinha, pisou num tapete, o qual escorregou, e ela caiu ao chão, quebrando o colo do fêmur. Só escutei os gritos. Levamos-na ao hospital, que não tinha muito recurso na época, e em consequência disso, meu pai teve que levá-la até a capital - Cuiabá - a fim de fazer uma cirurgia, que deu tudo certo, graças ao bom Deus. Na semana seguinte, minha avó e meu pai estavam em casa.
Por causa disso, eu e minha avó nos mudamos para a casa do meu pai. E assim ficamos até um ano e meio depois, quando ela, pegou uma gripe, e em consequêcnia do cigarro, essa gripe virou uma pneumonia e insuficiência respiratória. Foi a causa mortis.
Cuidei dela até os últimos dias de vida, não sei se fiz da maneira correta, mas pelo menos eu tentei.
Hoje sou mãe de uma menina - Yasmin -, e adivinhem? Ainda moro na casa dos meus pais. Eu e minha filha! E sou feliz assim....

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